BURROS
das poucas memórias que guardo antes dos dez anos de idade (não porque não tenha razão para ter muitas....a memória é que é fraca), uma das que me ficou marcada foi a do dia em que vinha montado na égua dos meus avós paternos a fingir que a guiava no caminho de volta para casa, depois de termos carregado a carroça com caruma, a qual a coitada também estava a alombar.
felizmente, para ela, o caminho era bastante plano mas, perto da saibreira, havia uma subida muito íngreme e chegado o momento de a vencer o meu avó pede-me para descer dela e ir com ele na bicicleta sentado no varão....assim fiz.
quando começou a pedalar para subir o monte fez uns movimentos ziguezagueantes para ganhar velocidade e, num desses movimentos, enfiei o pé nos raios da roda da frente que foi bater violentamente contra as forquetas.
o resto da memória que guardo dessa situação foi a de me ter caído a unha do dedo grande do pé direito!
para o mini-macho a experiência de uma hora em cima do burro foi sem sobressaltos.
obrigado senhor manel.