café da manhã
mal o sol sobe acima da linha de horizonte da senhora do monte o castelo deixa de ser uma mancha sombria e é o primeiro de toda esta paisagem a ser pintado em tom laranja-avermelhado.
paro de fotografar e volto as costas à cidade. estou sozinho e portanto o sol é todo meu. detenho-me ali dez minutos virado para ele (pelo meio tiro umas fotos...não sou capaz de resistir), e questiono a sra. mãe natureza do porquê não poder haver sol todas as manhãs.
estão dois graus positivos e um manto de geada em todo o meu redor. as minhas mãos estão roxas do frio. segurar a máquina é quase uma tortura mas assim que o sol ganha força, rápidamente sinto aquele picar na carne que acontece sempre que as mãos voltam a aquecer.
ele ilumina agora todos os pontos mais elevados e o contraste de reflexos está agora no seu esplendor.
são nove da manhã e o chão começa a fumegar. inalo aquela frescura uma e outra vez como se de uma degustação de aromas se tratasse...ficaria ali toda a manhã!....mas está na hora....