MIRRORLESS - FLEXIBILIDADE
antes de seguirmos para o algarve parámos em lisboa para levar o mini-macho, numa visita rápida utilizando os (irritantes) tuk-tuk, a alguns pontos interessantes da nossa bela capital.
como toda a gente sabe, um dos pontos mais interessantes nesta cidade é a.......colorfoto :) que é uma espécie de casino para os amadores de fotografia e gadgets, porque sempre que um gajo sai de lá com os bolsos vazios diz sempre que é a última vez....
continua em baixo.
já com a "fininha" na mão, este passeio acabou de servir para a estreia da mesma e foi providencial para testar a sua flexibilidade.
quando penso em flexibilidade penso na "qualidade de entrega" de imagens desde o retrato à paisagem, fotografia com luz natural à artificial, dos menus e comandos para operar a máquina, da rapidez de zoom, da disponibilidade de lentes para diferentes propósitos and so on and so on.
como eu opero as máquinas em modo manual é determinante que ajustes de abertura, velocidade de obturação, velocidade iso, ajuste de temperatura, compensação de exposição, zoom e focagem sejam bastante directos e intuitivos, afim de alterar rapidamente parâmetros e, assim, minimizar a perda de boas imagens, o que numa situação como a que me encontrava, em família (com uma criança que tem super velocidade de gato....esta só os pais entendem), e a visitar uma cidade que tão depressa nos encontramos numa rua apertada e escura como de repente nos aparece um miradouro com vista desafogada e luz fantástica, é fundamental.
a maioria das mirrorless permite mudar a lente mas a minha é de zoom, eléctrico, fixa.....e que é um bocado lenta!
apesar de não me ter impossibilitado de captar as fotografias que quis estou certo de que numa situação mais desafiante, como com animais, veículos rápidos e outras situações de acção ou inesperadas, este tipo de lente não é adequada.
por outro lado, o facto de ser fixa evita que o sensor fique exposto e, assim, ganhe sujidade, o que com aberturas maiores, por exemplo f-dezasseis, será bem evidente na fotografia.
os restantes comandos, neste modelo, são bastante intuitivos. aliás, a maior parte do modelos de diferentes marcas que considerei comprar dispunham de "rodas" de velocidade de obturação e compensação de exposição, o que não é tão comum nas dslr's actuais.
o ajuste iso é, também neste modelo, bastante directo e ainda bem, porque a qualidade de imagem em iso's elevados deixou-me surpreendido considerando a dimensão do sensor. obviamente que não chega à qualidade de um bom sensor full frame mas como esse tipo de sensores se encontra também nas mirrorless é então um ponto bastante abonatório para este sistema.
um ponto que não joga tanto a favor é a disponibilidade de lentes. sem dúvida que nos últimos anos se têm desenvolvido muitas lentes para estes sistemas mas as opções de qualidade são ainda limitadas, sobretudo quando se pensa tele-objectivas ou lentes mais técnicas como por exemplo as "tilt-shift".
concluindo, tirando situações muito especificas, não encontro razões para dizer que um sistema é muito mais flexível do que o outro. diria mesmo que as mirrorless ganham alguma vantagem para quem é amador e faz fotografia genérica ou até mesmo para profissionais, como foto-jornalistas.
conclusão e classificação (de uma a cinco estrelas), sobre este ponto:
mirrorless ****
dslr ****